-
Arquitetos: Seth Stein Architects, Watson Architecture+Design; Seth Stein Architects, Watson Architecture+Design
- Ano: 2014
-
Fotografias:Lisbeth Grosmann
Descrição enviada pela equipe de projeto. Situado em meio as terras de cultivo e vinhedos na península de Mornington, ao sul de Melbourne, Seth Stein Architects (Reino Unido) e WatsonArchitecture + Design (Melbourne) foram escolhidos para desenhar um novo centro equestre. O cliente vive concomitantemente na Austrália e no Reino Unido, e por isso, procurou um desenho que, além de funcional e prático, fosse também harmônico com a paisagem através da sua forma arquitetônica e do uso de materiais destinados a serem duradouros e sustentáveis.
Em termos de contexto cultural, um edifício equestre é um elemento arquitetônico reconhecido na região. Entretanto, seria necessário localizar os edifícios em um terreno nivelado para acomodar a edificação que cobre 3.000 m2, dentro de uma paisagem sinuosa. Foi necessário um extenso trabalho de paisagismo para estabilizar e drenar a terra, o que proporcionou a oportunidade para criar um pequeno lago com uma ilha como um santuário de aves.
O edifício está disposto em formato de meia lua que proporciona estábulos fechados para 6 cavalos, área de lavagem, depósito, espaço para workshop e alimentação. Assim como um pequeno escritório e área para escovação dos animais. Uma ala do celeiro abriga o armazenamento de feno e estacionamento para veículos do estábulo. Externamente, existe uma pequena piscina para os cavalos, pátios (duros e com grama) assim como um espaço para eventos de demostração prática e saltos.
A forma de meia lua oferece uma planta relativamente compacta, com todas as atividades focadas à uma área central e os arcos dos estábulos com vistas aos gramados. A parede posterior perimetral, construída com taipa, um método natural de construção com terra e concreto, que se encontra na região, culmina na piscina de pouca profundidade que é reposta através de uma fonte, oferecendo água fresca aos cavalos.
A paleta de materiais da construção foi limitada ao mínimo: visto de longe, o edifício está fortemente delineado pela arcada de um telhado de zinco em forma de 'J'. A cobertura em si é utilizada como um elemento envolvente e de refúgio, sob o qual o muro de taipa da parte posterior se estende de forma independente para além da projeção do edifício. O terceiro elemento construtivo é a moldura estrutural de madeira laminada, feita de carvalho da Tasmânia e painéis de revestimento Class One e Spotted Gum, que compartilham a mesma dimensão modular. Os elementos estão começando a desvanecer em tons de prata, junto com os tons cinza da parede de terra compactada.
Como resposta a influência do clima da região decidiu-se reter a água da chuva através da cobertura de 1.260 m2, em grandes tanques de armazenamento subterrâneo que, por sua vez, alimentam o açude.
O corte transversal de uma só água do edifício, proporciona ventilação natural e sombra nos meses de verão e a entrada de luz solar no inverno.